General Heleno usou recursos do GSI para disseminar informações falsas de fraude eleitoral, aponta PF

  • 26/11/2024
(Foto: Reprodução)
Objetivo era criar instabilidade política para uma intervenção militar no país. Ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional durante o governo Bolsonaro também seria chefe de um gabinete de crise, montado após a realização do golpe de Estado em 16 de dezembro de 2022. O general Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), usou recursos do gabinete para disseminar informações falsas de fraude eleitoral, aponta o relatório da Polícia Federal (PF) sobre a tentativa de golpe de Estado pelo ex-presidente e seus apoiadores. O objetivo seria criar um clima de instabilidade política que justificasse uma intervenção militar no país. O relatório aponta que o militar " atuou de forma destacada no planejamento e execução de medidas para desacreditar o processo eleitoral brasileiro e para subverter o regime democrático". A PF aprendeu na casa do general documentos que traziam" argumentos relacionados a inconsistências e vulnerabilidades nas urnas eletrônicas, servindo de subsídio para a propagação de informações falsas sobre o sistema de votação, linha de atuação do grupo investigado". Heleno, segundo o relatório, coordenou ações com a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), orientando para que a agência produzisse e disseminasse relatórios e documentos com informações falsas sobre as eleições de 2022, vencidas pelo presidente Lula (PT). Na época, o diretor-geral da Abin era Alexandre Ramagem, um dos indiciados pela PF. Ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general da reserva Augusto Heleno. Geraldo Magela/Agência Senado Criação de um gabinete de crise Além dos documentos que apontam a disseminação de informações falsas sobre o processo eleitoral, o relatório da PF afirma que havia uma minuta para a criação de um "Gabinete Institucional de Gestão da Crise", que seria instituído pelo GSI em 16 de dezembro de 2022, um dia após a consumação do golpe de Estado. O general Heleno seria o chefe deste gabinete, tendo o general Braga Netto como coordenador geral e a participação dos indiciados Filipe Martins e general Mario Fernandes. O objetivo era assessorar Bolsonaro na administração dos fatos decorrentes da ruptura institucional e teria a função de consolidar o poder dos golpistas e reprimir qualquer oposição ao novo regime. O relatório afirma que "mesmo diante da não concretização do golpe de Estado no dia 15 de dezembro de 2022, os investigados ainda aguardavam uma ação que pudesse desencadear a ruptura institucional, com o apoio das Forças Armadas". Os indiciados seguiram monitorando o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e seguiram subsidiando e incitando as manifestações antidemocráticas em frente aos quartéis.

FONTE: https://g1.globo.com/politica/noticia/2024/11/26/general-heleno-usou-recursos-do-gsi-para-disseminar-informacoes-falsas-de-fraude-eleitoral-aponta-pf.ghtml


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