Empresário suspeito de fraude imobiliária com 100 vítimas é preso vivendo vida de luxo em SC
11/07/2025
(Foto: Reprodução) Prejuízos superam R$ 20 milhões a partir de contratos de locação com valores não repassados à imobiliária. Prisão aconteceu em Itapema, no Litoral Norte. Homem investigado por liderar esquema de fraudes no mercado imobiliário é preso em SC
Um homem de 39 anos foi preso em Itapema, no Litoral Norte de Santa Catarina, suspeito de liderar um esquema fraudulento no ramo imobiliário que fez mais de 100 vítimas. Os prejuízos superam R$ 20 milhões, detalha a investigação.
Segundo a Polícia Civil, mesmo diante do número de vítimas e ações cíveis e penais em curso, o suspeito mantinha vida de luxo em imóvel de alto padrão na cidade. Ele também se promovia nas redes sociais com "promessas de segurança e confiança" no setor imobiliário.
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Em nota, o Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Santa Catarina afirmou que o homem não possui registro como corretor de imóveis no estado. O órgão afirmou ainda que, além do pedido de prisão, a Justiça solicitou a suspensão do registro profissional do investigado no conselho gaúcho.
"Tais medidas foram acolhidas pelo Judiciário gaúcho, que enviou ofício ao CRECI-SC também nesta quinta-feira, requisitando a suspensão do registro profissional. Contudo, feita a pesquisa em seu sistema, o Conselho verificou que o acusado não possui credenciamento na entidade catarinense", disse o órgão (íntegra da nota no fim do texto).
Empresário suspeito de fazer mais de 100 vítimas em esquema imobiliário é preso levando vida de luxo
Polícia Civil/Divulgação
Esquema
O homem detido na quinta-feira (10) atuava como administrador de uma imobiliária em Nova Petrópolis, no Rio Grande do Sul. Ele firmava contratos de locação e intermediação com os clientes para captar cauções, aluguéis antecipados e comissões, mas desviava os valores.
Como resultado, não repassava o dinheiro dos aluguéis aos proprietários nem restituía os valores aos inquilinos, detalhou a Polícia Civil.
A empresa encerrou as atividades em abril de 2025, e o investigado passou a trabalhar como corretor de imóveis no litoral catarinense, com nova identidade profissional. A prisão foi feita pelas polícias gaúcha e catarinense.
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O que disse o CRECI-SC
O Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Santa Catarina (CRECI-SC) informa que o homem preso pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul, com a colaboração da Polícia Civil de Itapema, nesta quinta-feira (10), não possui registro como corretor de imóveis no estado. O acusado é investigado por liderar um esquema de fraudes imobiliárias que causou prejuízos superiores a R$ 20 milhões e vitimou mais de 120 pessoas.
A promotora de Justiça Ana Flávia Amaral Rezende, de Nova Petrópolis (RS), além do pedido de prisão, solicitou a suspensão do registro profissional do investigado junto aos Conselhos Regionais de Corretores de Imóveis do RS e de SC. Tais medidas foram acolhidas pelo Judiciário gaúcho, que enviou ofício ao CRECI-SC também nesta quinta-feira, requisitando a suspensão do registro profissional. Contudo, feita a pesquisa em seu sistema, o Conselho verificou que o acusado não possui credenciamento na entidade catarinense.
O CRECI-SC esclarece que os processos disciplinares, incluindo a suspensão do credenciamento, só são possíveis para os casos que envolvam credenciados ao Conselho. Nas situações de exercício ilegal da profissão, as ações são realizadas pelo Ministério Público.
Conselho age com rigor
O CRECI-SC tem agido com rigor em casos que envolvem crimes comprovadamente cometidos por corretores de imóveis. Em outubro de 2024, o Conselho aprovou a suspensão cautelar do registro de um corretor de imóveis acusado de golpes no município de Penha. Em março deste ano, o mesmo aconteceu em um caso registrado em Navegantes. As decisões liminares levaram em consideração os elementos apurados no inquérito policial e no processo disciplinar em tramitação no Conselho, que apontaram a materialidade dos golpes realizados no exercício de suas funções profissionais. O CRECI-SC também justificou as suspensões pela repercussão social dos atos praticados e o receio de que a manutenção do exercício profissional pudesse ocasionar novos prejuízos à população e à dignidade da profissão.
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